Fontes do Palácio do Planalto confirmam: o presidente Lula fez um apelo direto ao governador João Azevêdo para que permaneça no cargo até o último dia de seu mandato. A recomendação é clara — e estratégica.
O temor no núcleo político do governo federal é que, com uma eventual saída de João para disputar o Senado, o comando da Paraíba caia nas mãos do deputado federal Aguinaldo Ribeiro por meio de seu sobrinho, Lucas Ribeiro, atual vice-governador. A ascensão de Lucas ao cargo, segundo Lula e sua equipe, abriria caminho para o fortalecimento de um grupo político considerado pouco confiável.
O alerta tem base no histórico de Aguinaldo. Ex-ministro da então presidente Dilma Rousseff, ele declarou lealdade, mas foi um dos primeiros a votar pelo impeachment, articulando pessoalmente apoio à cassação. Para o presidente Lula, essa “traição” não pode ser esquecida — e muito menos recompensada com o poder de um Estado inteiro.
A ministra Gleisi Hoffmann, articuladora política do Planalto, reforçou pessoalmente a João Azevêdo os riscos da troca de comando. Embora reconheça que João teria grandes chances de conquistar uma vaga no Senado, Gleisi alertou que o custo político de entregar o governo a Aguinaldo e seu grupo pode ser alto demais.
Na avaliação do PSB nacional, a cadeira no Senado seria valiosa, mas a prioridade é preservar o controle do Executivo estadual. O cenário ideal, defendem, é que João conclua seu mandato e prepare a sucessão com um nome de confiança e alinhado ao PSB, como o prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena — já sondado para deixar o PP de Aguinaldo e liderar a disputa para governador.
Fonte: leia58.blog
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