Eleições de 2024 viram ‘estágio’ para partidos com candidatos ao Senado ou governo em 2026

 As eleições deste ano estão se transformando na primeira batalha para pelo menos quatro partidos muito interessados em chegar forte em 2026. São os casos de PSB, Republicanos, MDB e União Brasil. As siglas são, de longe, as que mais vêm acumulando filiações visando as eleições municipais, mas o mote principal delas é, sim, o pleito de daqui a dois anos. Para isso, a tarefa de casa tem sido arregimentar prefeitos e vereadores ou mesmo candidatos com potencial de serem competitivos na disputa eleitoral de outubro.

O PSB tem planos bem claros: quer pavimentar a candidatura de João Azevêdo ao Senado ou mesmo, caso o atual gestor decida se manter até o fim do mandato, lançar um nome competitivo para a sucessão. O mais cotado quando se fala disso é Deusdete Queiroga. Mas o plano principal continua sendo encampar o projeto do atual mandatário do Palácio da Redenção de chegar à Casa Alta. João participou, nesta segunda-feira (18), de seis filiações de pré-candidatos a prefeito em cidades paraibanas, notadamente de municípios sertanejos, onde ele conseguiu força para a reeleição em 2022.

O Republicanos vem logo atrás, com o projeto de cacifar o deputado federal Hugo Motta, presidente estadual do partido, para uma disputa executiva. Pode ser para o Senado ou para o governo do Estado. Ainda muito jovem e apesar disso, o parlamentar tem mostrado grande desenvoltura nas articulações que fizeram o partido se transformar, em um passado recente, no maior partido da Paraíba em termos de representação parlamentar. A agremiação, por isso, vem costurando as bases para um projeto maior, que deve sair da fornalha em 2026.

Quem vem em seguida tentando defender o que já conquistou é o senador Veneziano Vital do Rêgo, do MDB. O partido tem procurado apoiar nomes consolidados nas principais cidades e ampliar a representação do partido comandado por ele nos pequenos municípios. Em Campina Grande, vai para o apoio a Bruno Cunha Lima (União Brasil). Em João Pessoa, deve seguir com o deputado federal Ruy Carneiro (Podemos). Mas no restante do Estado, tem costurado espaços entre outros gigantes para chegar vivo em 2026, quando tentará se manter no Senado.

O quarto partido nesta disputa por espaço é o União Brasil, do também senador Efraim Filho. A sigla conseguiu filiar como principal estrela Bruno Cunha Lima, que tentará a reeleição em Campina Grande. Além disso, tem corrido atrás de fortalecer o partido nos pequenos redutos pelo estado afora. Para 2026, sonha com a possibilidade de disputa do governo do Estado. Ele partiu cedo em 2022 quando buscou a vaga no Senado e colheu dividendos com a ousadia. Agora, tentará fazer o mesmo em relação ao Palácio da Redenção.

Todo este movimento tem como objetivo fazer os partidos chegarem fortes em 2026. Até porque, boa mesmo, caso se mantenha a escrita, é a situação do atual vice-governador, Lucas Ribeiro (PP), que chegará para uma possível disputa pela reeleição com a caneta de governador na mão. Isso se João sair para a disputa do Senado. Aos outros partidos, restará fazer o dever de casa para igualar o jogo.

Jornal da Paraiba

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