Na final! Palmeiras bate o Al Ahly e vai à decisão do Mundial

 O atual bicampeão da América está a um passo de também dominar o planeta. O Palmeiras venceu o Al Ahly, do Egito, por 2 a 0 nesta terça-feira e garantiu lugar na decisão do Mundial de Clubes – contra Chelsea ou Al Hilal. Raphael Veiga, no primeiro tempo, e Dudu, no segundo, marcaram os gols no estádio Al Nahyan, em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos. A vitória fez Justiça ao Verdão, muito superior do começo do jogo até fazer o segundo gol (quando, com a vitória encaminhada, permitiu que o adversário crescesse).

A grande final será no sábado, às 13h30, contra o vencedor do duelo entre o Chelsea, da Inglaterra, e o Al Hilal, da Arábia Saudita, que se enfrentam nesta quarta-feira, também às 13h30, no estádio Mohammed Bin Zayed – justamente o palco da decisão. Também no sábado, às 10h, o Al Ahly disputa o terceiro lugar contra o perdedor da outra semifinal.

No primeiro gol, passe de Dudu e gol de Raphael Veiga; no segundo, toquezinho de Raphael Veiga e gol de Dudu. A dupla comandou a vitória do Palmeiras sobre o Al Ahly, encontrando espaços quando eles eram mais raros e sendo decisiva quando surgiram as chances. Clique aqui e veja as notas de todos os jogadores.

O jogo começou vivo, com a bola acelerada, os dois times intensos, as marcações agressivas. Aos poucos, o Palmeiras foi dominando a partida. Prendeu o Al Ahly no campo de defesa, ficou com a bola e tentou encontrar espaços para agredir. Mas não foi simples. Por mais que Dudu flutuasse, que Gustavo Scarpa buscasse brechas na marcação, que a bola girasse entre Zé Rafael e Raphael Veiga, que Rony voltasse para abrir espaços, era difícil criar chances. Bolas alçadas na área, em busca de algum desvio, foram o principal caminho, dado o congestionamento pelo meio. Do outro lado, o Al Ahly apostava em lançamentos longos e em contra-ataques – com destaque para duas arrancadas impressionantes de Dieng, rompendo a marcação brasileira de intermediária a intermediária. Aos 31 minutos, o Palmeiras quase abriu o placar. Dudu encontrou Marcos Rocha às costas da zaga. O lateral chegou à área e conseguiu o passe, mas a zaga egípcia tirou. No rebote, Zé Rafael teve chute travado. Era um aviso do que viria. Aos 39, Danilo deu bom passe para Dudu, que fez a bola chegar até Raphael Veiga. O meia recebeu, se posicionou de frente para o goleiro adversário e bateu colocado: 1 a 0, gol do Palmeiras, gol do melhor time no primeiro tempo.

As esperanças do Al Ahly ruíram em três minutos. Ruíram no passe de Rony, no lindo toquezinho de Raphael Veiga, na disparada de Dudu pela direita, na pancada cruzada, seca, em diagonal do camisa 7: gol do Palmeiras, 2 a 0 para o Palmeiras. Os egípcios, claro, tentaram reagir. E tomaram conta do jogo. Ameaçaram em cobrança de falta, pediram pênalti de Dudu (que o VAR chegou a analisar), tiveram cabeceios perigosos e até descontaram, em falha de Weverton, mas tiveram o gol anulado por impedimento. A missão palmeirense foi facilitada aos 35 minutos, quando o árbitro, após revisar o lance no monitor, expulsou Ayman Ashraf por falta violenta em Rony. Mesmo assim, houve sustos, como em chute de Hany espalmado por Weverton e em cabeceio de Sherif no travessão, ambos já nos acréscimos.

Não é todo dia que se vê Weverton falhar. Pois aconteceu no Mundial. Aos 26 minutos do segundo tempo, Mohamed arriscou chute de fora da área, e o goleiro soltou uma bola fácil, nos pés de Sherif, que completou livre para o gol. O porém: estava impedido, como mostrou a revisão do VAR.

Rony foi vítima de uma falta muito violenta, que poderia ter resultado em uma lesão grave. Foi aos 33 minutos, em um carrinho de Ashraf. Inicialmente, o jogador do time egípcio levou cartão amarelo. Porém, o VAR sugeriu revisão, e ele acabou expulso. Rony seguiu em campo.

Lá do outro lado do mundo, o Palmeiras soube se sentir em casa. Milhares de torcedores formaram maioria no estádio, mesmo contra um adversário acostumado a levar sua torcida em grande número aos Mundiais. O apoio foi do começo ao fim, inclusive quando o time enfrentou dificuldades para criar chances de gol no primeiro tempo. O prêmio veio com a classificação. Agora, tem mais no sábado, na grande final.

Globo Esporte

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