Filho de consideração de Beira-Mar e mais 2 são mortos em operação da Polícia Civil na Baixada

 

Uma operação da Polícia Civil na tarde desta quinta-feira (13) desmontou um dos principais pontos de distribuição de armas e drogas no Rio de Janeiro. Além de “estourar” o local, na favela Parque das Missões, em Duque de Caxias, Baixada Fluminense, os agentes também buscaram cumprir 30 mandados de prisão expedidos pela Justiça fluminense.Durante a ação, três suspeitos foram mortos e outros sete acabaram presos – dois deles apontados como chefes de favelas do Complexo FBM (Fernandinho Beira-Mar)

Um dos mortos foi identificado pela polícia como sendo o traficante Lindomar Gregorio de Lucena, conhecido como Babuíno ou Paraguaio, filho de consideração do Fernandinho Beira-Mar (que está preso). Segundo a investigação, ele é “dono” de várias favelas na Baixada Fluminense.

Os policiais também apontam o homem como o principal responsável pelos maiores roubos de cargas na capital e Região Metropolitana do RJ, que também incluíam extorsão de dinheiro das empresas de logística de Duque de Caxias.

Entre os presos está o traficante Luiz Paulo Santos Oliveira, conhecido como LP, que segundo a polícia é responsável por toda a parte financeira das favelas controladas por Fernandinho Beira-mar.E outro preso é o traficante Zé Galinha, apontado como chefe do tráfico de algumas favelas de Caxias e irmão do Babuíno. Foi preso, ainda, o traficante chamado de Piriquito, “braço de guerra” de Beira-Mar.

Lista de presos na operação:

  • Marcos Paulo Gonçalves da Silva – 33 anos
  • Vitória Silva Machado – 21 anos
  • Vitor Gomes Belo – 25 anos
  • Carlos Alberto Marcos Soares Júnior – 31 anos
  • Luiz Paulo Santos Oliveira – 34 anos
  • Cristiano Gregório de Lucena – 33 anos
  • Alexandre Anastácio da Silva – 29 anos

Participaram da ação agentes das delegacias de Repressão a Entorpecentes (DRE), Cargas (DRFC), Desarme e da Core.

O Parque das Missões é uma das favelas que formam o chamado “complexo Beira-Mar”. Além de ficar próximo ao Rio Meriti, que deságua na Baía de Guanabara, a polícia aponta que a favela também está num local estratégico, no entroncamento das principais rodovias do RJ. Fica, por exemplo, junto da Rodovia Washington Luiz e da Linha Vermelha, via expressa da cidade.

A polícia avalia que a localização “privilegiada” da favela faz com que ela seja “um grande entreposto da facção criminosa Comando Vermelho”. A Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), que já apurava o movimento do tráfico na comunidade, descobriu que armas e drogas também eram escoados pela Baía de Guanabara, que fica às margens da favela.

O nome complexo Beira-Mar é uma referência ao traficante Fernandinho Beira-Mar, que está preso. No local, a polícia apontou que criminosos fazem várias as homenagens ao bandido, com postagens em redes sociais, homenagens e pichações com as letras “FBM” (Fernandinho Beira-Mar). Por isso e outros detalhes da investigação, o local é considerado reduto do traficante.

Ao monitorar o tráfico do local, os policiais conseguiram descobrir onde drogas eram estocadas e também identificaram que os criminosos usam um armamento pesado. São armas de grosso calibres: fuzis, granadas, pistolas e outras armas que, de acordo com a polícia, são usadas para disputas com bandidos de outras organizações criminosas rivais e com as forças de segurança pública.

Mais informações da apuração indicam que criminosos da favela também atuam em roubos de cargas e de veículos. A polícia alega terem sido várias as vítimas dos crimes em locais próximos à comunidade. Com o dinheiro dos roubos, os bandidos financiam o tráfico.

Os investigadores também identificaram que festas semanais acontecem na favela, como bailes funk clandestinos. O mais conhecido deles é chamado de baile da Polônia, dentro do Parque das Missões.

Mais recentemente, a polícia descobriu que criminosos do Comando Vermelho estariam aproveitando a localização da favela para planejar ataques a outras facções. O objetivo dos bandidos era investir contra rivais em Cordovil, Parada de Lucas, Cidade Alta, Quitungo e Guaporé.

G1

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