Autoridades das Ilhas Canárias afirmam que não há mais gases significativos e terremotos na região.
“A erupção acabou.” Foi com estas palavras que Julio Pérez, Ministro da Administração Pública, Justiça e Segurança do Governo das Ilhas Canárias, anunciou este sábado (25) que a atividade do vulcão Cumbre Vieja chegou ao fim.
Esta notícia é, sem dúvida, aguardada com grande expectativa pelos habitantes da ilha de La Palma, no arquipélago das Canárias, que recebem a informação no dia de Natal e após três meses de espera pelo seu fim.
“Os sinais registrados nos dão esta certeza: não há gases significativos, não há terremotos, não há tremor, não há deformações significativas”, disse Pérez em entrevista coletiva.
“O fim da erupção não significa o fim da emergência, mas vai significar o início gradual e ordenado da realocação [dos afetados] em suas casas e o início de que podemos fazer algo para atuar contra a lava, além de restabelecer as comunicações”, acrescentou.
85 dias e oito horas de atividade
No total, o vulcão esteve ativo em Espanha durante 85 dias e oito horas, causando prejuízos na ordem dos 900 milhões de euros, informou o Ministro da Administração Pública do Governo das Canárias.
Especificamente, o vulcão iniciou suas atividades em 19 de setembro. Nesta altura, e com os últimos dados do Cadastro fornecidos pelo Cabildo de La Palma (entidade administrativa das Canárias), sabe-se que a sua atividade destruiu 1.676 edifícios, dos quais 1.345 eram de uso residencial.
Por outro lado, os dados fornecidos pelo satélite Copernicus mostram que a lava emanada cobriu 1.241 hectares de terreno, dos quais 370 correspondem a área cultivada.
A sua erupção fez com que, ao longo deste tempo, fosse necessário despejar mais de 7.000 pessoas, segundo informações do Cabildo de La Palma.
Ainda existem 560 pessoas alojadas em hotéis, enquanto 43 seguem em atendimento nos centros de saúde.
Terra Brasil
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