Síndrome de Pinóquio: Raoni Vita insiste em mentiras, mas documento mostra farsa do 1º lugar para obter bolsa de mestrado na Unisantos

 

No debate promovido pelo Diário do Sertão entre os candidatos Raoni Vita e Maria Cristina, esta o acusou de ter sido ele beneficiado pelo então presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Paraíba (OAB-PB), e atual vereador Odon Bezerra com uma “bolsa” correspondente a 50% do valor total da mensalidade para participar de mestrado realizado pela Universidade Católica de Santos (Unisantos), através da Escola Superior da Advocacia da Paraíba (ESA).

Na tentativa de esconder a irregularidade, Raoni, ao admitir que de fato foi contemplado com a referida “bolsa”, alegou que a deferência ocorreu por mérito, ou seja, na seleção do mestrado teria passado em primeiro lugar. O argumento voltou a ser utilizado como direito de resposta no debate dessa segunda-feira, 15, promovido pela TV Arapuan.

A realidade, no entanto, é bem outra: documento da Unisantos comprova que o candidato Raoni Vita passou em terceiro lugar e não em primeiro como alardeou ao longo da campanha. Na verdade, foi Matusalém Gonçalves Pimenta quem galgou o primeiro lugar, se posicionando Carlos Frederico Nóbrega Farias como o segundo colocado.

O que impressiona é a coragem de Raoni Vita de haver alegado de público como a única razão para receber a aludida “bolsa” ter passado em primeiro lugar na seleção do mestrado, pois a afirmação representou verdadeira farsa na tentativa de angariar voto da categoria.

Desmascarando a versão absolutamente falsa e mentirosa de Raoni, o documento da UNISANTOS revela a possibilidade de haver acontecido algo ainda não explicado entre ele e o hoje vereador Odon Bezerra que, utilizando-se da condição de presidente da Ordem, lhe concedeu, ao lado do seu parente tesoureiro, Antônio Gabinio Neto, expressivo desconto para a participação no mestrado realizado por aquela universidade.

O que também chama atenção é o fato de Raoni ocupar naquele período a diretoria de eventos da ESA, presidida na época por Arthur Souto, que assinou o contrato como testemunha.

Como confiar a presidência da OAB-PB a quem mente de público e descaradamente para advocacia paraibana? E pior: para encobrir um ato irregular praticado pelo então presidente da OAB Paraíba, que utilizou recursos da Instituição para beneficiar o apaniguado, sem ouvir o Conselho ou mesmo a Diretoria da OAB.

Para entender o caso, registra-se que o Conselho Pleno da OAB-PB, por meio do então presidente Odon Bezerra e do diretor tesoureiro Antônio Gabinio Neto (parente de Odon) firmou contrato com a sociedade Visconde de São Leopodo e a Universidade Católica de Santos (Unisantos), visando à formação dos associados da OAB no programa de pós-graduação stricto sensu em Direito, em nível de mestrado.

Obrigou-se a OAB a repassar a Unisantos o equivalente a 24 parcelas mensais objeto do pagamento de R$1.600,00 feito por cada ingressante no mestrado – totalizando no período o importe de R$633.600,00 pelo programa. Cada aluno pagou R$38.400,00 pelo mestrado. Mas, Vita, com o privilégio da “bolsa misteriosa” – que não passou nem pela Diretoria nem pelo Conselho estadual da OAB – pagou apenas a metade, ou seja, R$19.200,00. Eis aí a verdade dos fatos. Lamenta-se a fake news – e dessa vez, publicamente reiterada por aquele que quer representar uma Classe ética e honrada.

Para quem passou a campanha inteira se dizendo a palmatória moral da advocacia, ser pego numa mentira tão deslavada pode passar a ser tido como ator semelhante ao que deu origem à conhecida síndrome de Pinóquio.

Assessoria

Postar um comentário

0 Comentários