MPE chega aos quatro meses sem conseguir ouvir suposta candidata “laranja” do Republicanos, em João Pessoa

 O Ministério Público Eleitoral da 1ª Zona Eleitoral de João Pessoa chegou aos quatro meses, neste sábado (21) sem conseguir ouvir Marlene Garla Pereira da Silva, candidata a vereadora em 2020 pelo Partido Republicanos. Ela é apontada como “laranja” em representação feita pelo Diretório Municipal do Solidariedade da Capital. Garla teve “zero” voto nas eleições municipais.

A promotora eleitoral Jovana Maria Silva Tabosa tentou por sucessivas vezes intimar a suposta candidata “laranja” nos endereços informados, não obtendo êxito, o que levou a representante do MPE, no dia 21 de junho, a prorrogar por mais 60 dias a conclusão do Procedimento Investigatório Criminal Nº 001.2021.020755, depois que uma suposta advogada da acusada teria encaminhado um novo endereço informando ser o verdadeiro onde Marlene Garla seria intimada, o que não ocorreu.

Ao perceber que poderia ter havido uma “manobra” para retardar a sua decisão sobre afronta à legislação eleitoral no que diz respeito a uma suposta “candidatura laranja”, a promotora eleitoral pediu ao Departamento da Polícia Federal na Paraíba a abertura de Inquérito Policial, o que já está em tramitação.

Na segunda-feira, 23, a promotora deverá se pronunciar sobre providências que poderá tomar, mesmo o Inquerito da Polícia Federal em tramitação.

ENTENDA O CASO

A denúncia de suposta candidatura “laranja” nas eleições de 2020, em João Pessoa foi feita pelo Partido Solidariedade que acusou  o Partido Republicano de ter utilizado a candidata a vereadora Marlene Garla Pereira da Silva. Ela obteve ‘ZERO VOTO” nas eleições. Garla teria entrado apenas para compor o efetivo de 30% da “cota de gênero”, destinada as mulheres, como determina a legislação eleitoral.

A denúncia do Partido Solidariedade afeta diretamente o vereador Bispo José Luiz, do Republicano, quarto mais bem votado nas eleições de 2020 com 5.883 votos, que poderá perder o mandato. Afeta também todos os outros candidatos que integraram a coligação.Na denúncia, o Partido Solidariedade apresenta farta documentação de que a então candidata Marlene Garla e o Partido Republicanos, em seu Diretório Municipal de João Pessoa, usaram de expedientes escusos para serem beneficiados e beneficiar também candidatos da coligação.  O Partido Solidariedade informa também ao Ministério Público Eleitoral que houve transferências de recursos para fomentar campanha nitidamente inexistente, merecendo notadamente a investigação por parte do MPE.

Blog do Marcos Lima

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