“Me veem como alvo fácil”, diz deputada Tabata Amaral sobre ataques na internet

Presença constante na lista de assuntos mais comentados nas redes sociais, a deputada federal Tabata Amaral (sem partido) apontou, em entrevista ao Metrópoles, as razões que, de acordo com ela, a tornam alvo constante de críticas: ser mulher e jovem. “Apenas a minha imagem é exposta e achincalhada. E, no meu entendimento, isso é porque eu sou mulher e jovem”, afirmou. A parlamentar destacou que boa parte dos comentários sobre sua atuação parlamentar são violentos e machistas. “A esmagadora maioria das críticas não são respeitosas. 

Elas falam da minha aparência, elas me ameaçam fisicamente”, ressaltou. (5′) “O combate ao machismo deveria ser para todos os lados. Infelizmente, tem muita hipocrisia, especialmente nas redes sociais. E há muito machismo nos partidos políticos”, frisou. A mais recente enxurrada de críticas ao trabalho de Tabata ocorreu após a aprovação, na Câmara dos Deputados, do texto que permite a privatização dos Correios

O voto dela foi um dos 286 que validaram a proposta de venda da estatal. O projeto ainda será analisado pelo Senado. Ao Metrópoles Tabata justificou seu posicionamento a favor da privatização apontando os gastos públicos com a manutenção da estatal. “A gente teria de colocar R$ 2 bilhões por ano para que os Correios fossem competitivos. E esse dinheiro iria sair da saúde, da educação, de outras áreas. 

No meu entendimento, o Executivo, o governo federal, não tem que ser quem vai executar cada coisa”, argumentou (1’30”). “Essas mesmas pessoas que criticam cada votação minha não criticaram as privatizações que foram feitas no governo do PT, como, por exemplo, as privatizações dos aeroportos”, salientou (2’50”). 

 A deputada também apontou o silêncio de integrantes da esquerda diante de comentários machistas ao seu trabalho. “Um filósofo de esquerda escreveu no Twitter que eu estudei em Harvard, mas não aprendi a pensar. Eu esperava que esse posicionamento dele fosse questionado pelas pessoas da esquerda. 

Afinal de contas, calar uma mulher dizendo que ela é burra, que ela não sabe pensar, é a coisa mais clássica do machismo. Mas ninguém disse nada”, enfatizou (7’). Metropoles

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