PF quer investigar pagamentos feitos à gráfica instalada na PB durante campanha de Bolsonaro

 A Polícia Federal (PF) quer investigar pagamentos que teriam sido feitos à uma gráfica instalada em João Pessoa, na Paraíba, durante campanha do então candidato à Presidência da República pelo PSL, Jair Bolsonaro.

De acordo com reportagem publicada originalmente pela Folha, foram encontradas com o empresário bolsonarista Ótávio Fakhoury (foto), três notas fiscais, emitidas em nome dele em outubro de 2018, entre o primeiro e o segundo turnos das eleições, num total de R$ 53,3 mil. As gráficas são de João Pessoa (PB) e em Natal (RN). Os nomes das empresas, porém, não foram divulgados.

Os documentos indicam que Fakhoury custeou material de divulgação da campanha de Bolsonaro à Presidência da República nas eleições em 2018. Mas, não há registro desta doação na Justiça Eleitoral.

De acordo com o material em poder da Polícia, foram contratados serviços para a impressão de 560 mil itens de propaganda eleitoral, entre panfletos e adesivos com foto do candidato.

Fakhoury virou notícia, recentemente, ao aumentar, através de um acordo extrajudicial, de R$ 30 mil para R$ 150 mil o valor mensal de um aluguel cobrado a Petrobras pela utilização de um terreno pertencente a ele.

O mesmo empresário também é um dos investigados no inquérito dos atos antidemocráticos que incentivaram uma das maiores crises institucionais entre os Poderes no Brasil.

Em nota, a advogada Karina Kufa, responsável pela defesa de Bolsonaro no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), afirmou que o “presidente da República e a equipe de campanha jamais tiveram” informação “sobre essas eventuais despesas, desconhecendo, até o momento, o conteúdo do material publicitário, já que os inquéritos do STF tramitam sob sigilo”.

“Ressalte-se que seria impossível o lançamento de despesa desconhecida, não produzida e não autorizada pela campanha”, afirmou.

“A campanha presidencial declarou na prestação de contas, aprovada pelo TSE, todos os seus gastos com propaganda, inclusive os materiais confeccionados pela campanha, que foram distribuídos nas reuniões e manifestações nas ruas.”

Folha

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