Corpos encontrados às margens do Rodoanel, na divisa com Itapecerica, são de amigas desaparecidas

 Os corpos encontrados na manhã desta terça-feira (15), na região de Itapecerica da Serra, são das amigas de Guarulhos, Julia Renata Garcia Rafael, de 26 anos, e Claudia Cristina Pinto Menezes, 35. A confirmação é da família de Julia que esteve no IML (Instituto Médico Legal) para reconhecer os corpos localizados no acostamento do Rodoanel Mário Covas, no km 48, após uma denúncia.

A mãe de Julia, Elizabeth Maia, e a melhor amiga dela, vieram para São Paulo em 9 de junho para acompanhar as investigações. Elas seguiram para o IML assim que os corpos foram achados.

As famílias estão muito abaladas com o assassinato das jovens e estão sem entender a motivação do crime. As duas amigas saíram de Manaus para trabalhar e estudar em São Paulo. Elas viviam na Vila Lanzara, na região central de Guarulhos. 

“Quero que a justiça seja feita. Nenhum ser humano por mais pecador que seja, não merece morrer de forma tão brutal. Sem contar que elas não faziam mal a ninguém, Apenas saíram para uma festa, para se divertir. Queremos resposta e saber o que aconteceu”, desabafou a irmã de Julia, Déborah Maia, de 32 anos.

Segundo Déborah contou ao GRU Diário, só foi possível reconhecer as jovens pelas tatuagens e roupas. “[A amiga da Julia] viu o rosto do filho da Claudia na tatuagem”, disse. Os corpos serão levados para Manaus onde serão sepultados. As duas eram mães. Julia deixa uma menina de 9 anos, e Claudia um menino da mesma idade.

Os corpos foram encontrados com resíduos de terra, o que pode indicar que elas estavam enterradas antes de serem levadas ao trecho do Rodoanel. O delegado Fábio Pinheiro, do DHPP, contou em entrevista ao Cidade Alerta, da Record TV, que a megaoperação policial realizada nesta terça (15), em Paraisópolis, pode ter feito com que os corpos fossem retirados da comunidade e levados até o acostamento em Itapecerica da Serra.

O irmão de Claudia, Valdiney Meneses, lamentou e morte dela e prestou homenagem pelas redes sociais.

“Como dói o coração em ver você partir dessa forma e doloroso saber que não vou mais ver você. Por que minha irmã tinha que ser assim? Dói muito. Não tenho palavras para explicar imensa dor no peito, mas só tenho a dizer que DEUS te receba de braços abertos. Sempre será eterna”, escreveu. 

Segundo Déborah, uma das linhas de investigação é que as amigas foram assassinadas por traficantes ao desconfiarem que as jovens eram informantes da polícia. O caso segue em investigação pelo DHPP (Delegacia de Investigações sobre Pessoas Desaparecidas) para identificar a autoria e motivação do crime.

A Polícia Civil ouviu na última quinta-feira (10) o motorista de aplicativo que levou Julia até um estacionamento em Paraisópolis, na zona sul da capital, e também o proprietário do bar Paraíso na Laje, onde ocorreu a festa onde as jovens foram vistas pela última vez, identificado como Gledson Ferreira de Lima.

Entenda o casoJulia e Claudia sumiram na última quinta-feira (3), feriado de Corpus Christi, quando saíram para ir a uma festa em Paraisópolis, na zona sul da capital, em um bar chamado de Paraíso na Laje. 

Moradoras de Guarulhos, as duas não foram mais vistas pelos amigos e deixaram de responder as mensagens dos familiares que residem em Manaus, onde elas moravam anteriormente. 

A última vez que Julia conversou com a irmã, Déborah Maia, de 32 anos, foi na noite 1º de junho. Ela contou ao GRU Diário que Julia falou sobre o desejo de levar a filha, de 9 anos, e a sobrinha, de 13, ao parque Beto Carrero World, em Santa Catarina. 

Segundo a irmã, que mora em Manaus, Julia é uma jovem independente, gosta de sair com os amigos e viajar. “Ela é alegre, comunicativa e feliz”, ressaltou.

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