MARCAS DA PANDEMIA: mulher que vendeu o cabelo para comprar comida é assistida por ONG de Bayeux

As marcas das desigualdades sociais provocadas pela pandemia do coronavírus estão por todo lugar. Em cidades da região metropolitana, a pandemia acentuou ainda mais a pobreza deixando famílias sem a proteção social, serviços públicos de saúde e trabalho que possibilite a geração de renda. Essa tragédia social pode ser vista no caso de Dona Ozenilda de Lima Sousa, 45 anos, auxiliar de sala, e moradora da comunidade São Rafael, em João Pessoa. Ela está desempregada há um ano e com o avanço da pandemia a sua situação econômica também se agravou fazendo ela tomar uma atitude drástica para conseguir suprir as necessidades da família, como ela mesma conta. 

 Ozenilda teve que vender o cabelo para poder alimentar sua família que contava com duas rendas, a dela e da sua mãe. Segundo ela, após o falecimento da mãe, ela perdeu o emprego e até agora não conseguiu voltar ao mercado de trabalho.

 Ela, ontem (20), foi uma das beneficiadas com um projeto social da ONG Aliança Bayeux em parceria com a instituição Gerando Falcões que distribui cartões alimentação com famílias em vulnerabilidade social. “Hoje à tarde tive que vender meu cabelo porque já estava faltando as coisas aqui em casa. E esse cartão chegou numa hora boa. Porque com esse cartão vou poder suprir algumas necessidades que tá tendo aqui em casa. 

A situação tá difícil tanto pra mim como para muitas pessoas na comunidade”, disse Ozenilda, visivelmente emocionada no seu depoimento em vídeo. Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílio mostrou que, na média, os 10% mais ricos perderam 3% da renda com a pandemia, e os 40% mais pobres viram a renda familiar que vem do trabalho, descontando o auxílio do governo, cair mais de 30%. Bayeux em Foco 

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