Reviravolta no Caso Isabele: Menina atirou em amiga intencionalmente, diz polícia

Isabele Guimarães Ramos, foi morta com um tiro na cabeça no dia 12 de julho de 2020, com apenas 14 anos. Nesta quarta-feira (2), a polícia Civil de Mato Grosso encerrou as investigações, e concluiu que o tiro não foi acidental, como a amiga da adolescente, e principal suspeita do crime, alegou inicialmente. Pelo contrário, as autoridades acreditam que a jovem tinha, sim, inteção de matar Isabele.

Para os delegados da Delegacia Especializada do Adolescente (DEA) e da Delegacia Especializada de Defesa da Criança e do Adolescente, a menina, que também tem 14 anos, teria carregado a arma, apontado para o  rosto de Isabele a uma distancia entre 20 e 30 centímetros, e atirado.
"A adolescente, que é praticante de tiro esportivo, afirmou que, ao guardar as armas, uma dela teria caído e disparado. Segundo laudo, o estojo na verdade, estava em cima da cama e a menor teria ido com a arma carregada até a amiga", explicou Wagner Bassi, delegado da DEA.

" Coonsiderando as incompatibilidades de todas as versões apresentadas pela adolescente na sequência dos fatos, a conduta da adolescente é dolosa (quando há intenção de matar)", completou. A Polícia Civil autuou a adolescente por ato infracionário análogo a homicídio doloso. O pai da jovem foi indiciado sob suspeita de homicídio culposo (sem intenção de matar), além de outros três crimes: posse de arma de fogo, por entregar a arma para a filha adolescente e fraude processual. as penas somadas podem totalizar 14 anos de detenção, além de multas.

Outros detalhes sobre a investigações também vieram á tona. De acordo com as autoridades, três ligações foram feitas para o SAMU e apenas na terceira tentativa foi dito que Isabele tinha levado um tiro. Nas outras vezes, foi relatado que a adolescente caiu no banheiro. Em depoimento, a jovem que atirou contra Isabele contou que o tiro teria sido um acidente, após o estojo com as armas cair no chão. Porém, a perícia identificou que não há sangue no objeto, logo foi descartado que o estojo estivesse na cena do crime.

Anne Valentina com Diário da Paraíba

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