Começa a funcionar em Bayeux, PB, rede de proteção à mulher vítima de violência

Ação foi articulada e criada por entidades não governamentais que atuam na defesa dos direitos da mulher, com o apoio do Ministério Público da Paraíba (MPPB).
 Começou a funcionar em Bayeux, na Grande João Pessoa, uma rede de proteção a mulheres vítimas de violência doméstica do município chamada “Carolinas de Bayeux”. A ação foi articulada e criada por entidades não governamentais que atuam na defesa dos direitos da mulher, com o apoio do Ministério Público da Paraíba (MPPB).
A rede é coordenada pela Pastoral dos Migrantes do Nordeste e pelo Centro de Mulheres Jardim Nova Esperaça, com o apoio da Promotoria de Justiça de Defesa da Mulher de Bayeux, da Comissão de Direitos Humanos da OAB-PB e da Unidade de Policiamento Solidário do bairro Mário Andreazza.
A primeira reunião que tratou da criação da rede aconteceu na última segunda-feira (27) e contou com a participação da promotora de Justiça de Bayeux, Fabiana Lobo. Segundo ela, foi o aumento significativo do número de casos de violência doméstica no município durante a pandemia da Covid-19 que motivou a criação da rede “Carolinas de Bayeux”.
Dentre as ações já realizadas pela rede está a criação do canal de WhatsApp das Carolinas de Bayeux, como instrumento de contato inicial disponibilizado às mulheres vítimas de violência da cidade, que desejam receber orientações iniciais, antes de buscar os meios oficiais de denúncia, como o serviço Ligue 180. A rede já pode ser acionada pelo número de WhatsApp (083) 9 8830-3231.
Conforme explicou a promotora de Justiça Fabiana Lobo, outra ação da rede será a implantação no município do projeto “Refletir”, desenvolvido pelo Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça do Cidadão do MPPB e que tem como objetivo criar grupos reflexivos para homens envolvidos no contexto da violência doméstica e que estão sendo processados com base na Lei Maria da Penha (Lei 11.340/2006). “A capacitação dos facilitadores do projeto está programada para o dia 11 de agosto, através de videoconferência a ser ministrada pela promotora de Justiça Dulcerita Alves, e pela psicóloga, Leda Maia”, acrescentou.
Segundo a promotora Fabiana Lobo, o nome “Carolinas” deriva de uma flor que existe na Unidade de Conservação da Mata do Xém-Xém, em Bayeux. “Essa flor é delicada, mas resistente, motivo pelo qual virou o símbolo da nossa luta pelo fim da violência contra as mulheres da cidade”, disse.

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