Filha de ex-senador da PB estava em voo que culminou na queda de auxiliar de Bolsonaro

O voo em que o ex-secretário-executivo da Casa Civil do Governo Bolsonaro, José Vicente Santini, fez para a Índia em um jato da Força Aérea Brasileira (FAB) acabou colocando uma filha do ex-deputado e ex-senador pela Paraíba, Marcondes Gadelha, no centro do debate nacional.

Nesta segunda-feira (3), o jornalista Eumano Silva, que já chefiou as sucursais das reveias Veja e IstoÉ, e foi editor de política do jornal Correio Braziliense, publicou a informação em seu blog veiculado no site de notícias Metrópoles, de Brasília,  que a diplomata Bertha Gadelha se encontrava no voo que acabou culminando com a exoneração de Santini.

Santini foi demitido do Governo Federal pelo fato de presidente Jair Bolsonaro ter considerado “inadmissível” o uso da aeronave da FAB em um voo para apenas três servidores, entre eles a filha de Gadelha.

Diplomata do avião de Santini é filha de deputado “sanguessuga”

O pai de Bertha Gadelha teve longa trajetória no Congresso e foi protagonista nos escândalos dos “três porquinhos” e das ambulâncias

Na repercussão do voo para a Índia no avião da FAB, ganharam pouco destaque as presenças da economista Martha Seillier e da diplomata Bertha Gadelha. A ruidosa queda do secretário-executivo da Casa Civil, José Vicente Santini, abafou os nomes das duas – ambas representantes da Secretaria Especial de Programa de Parcerias de Investimentos (PPI).
Bertha é filha de Marcondes Gadelha, ex-deputado e ex-senador pela Paraíba, com mais de 20 anos de Congresso. No Parlamento, teve certa importância na transição da ditadura para a democracia. Notabilizou-se, porém, pelo protagonismo em dois escândalos políticos.
Primeiro, em 1989, ficou conhecido como “três porquinhos” que tentaram lançar a candidatura do empresário e apresentador de TV Silvio Santos à Presidência da República. Na época, ele era senador pelo PFL (atual DEM).
Feita na última hora, a manobra atropelava a legislação e foi impedida pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Os outros dois “porquinhos”, também senadores do PFL, eram Hugo Napoleão (PI) e Edison Lobão (MA), ambos de longeva carreira política.
Marcondes Gadelha ficou ainda mais conhecido em 2006, quando integrou a lista de políticos acusados de integrar a “máfia das sanguessugas”, um escândalo relacionado a superfaturamento nos preços de ambulâncias. No final, teve o processo arquivado por falta de provas.
Sobre Bertha Gadelha, antes de entrar no Itamaraty, em 2006, trabalhou na Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

Clique aqui ou leia abaixo a matéria completa no blog de Eumano.

Diário da Paraíba com Paraíbajá
 

Postar um comentário

0 Comentários