Dezenas de estados americanos estão vivendo uma segunda onda da pandemia por terem relaxado as medidas de isolamento cedo demais.
A curva subiu rapidamente em março, até atingir 35 mil novos casos num único dia no início de abril.
O número se estabilizou e atingiu o ápice no dia 24 de abril, com 36 mil casos novos num dia só.
Depois disso, a curva voltou a descer, chegando à média de 20 mil casos por dia, bem no momento em que os estados começaram a reabrir, o que inverteu a história.
E os Estados Unidos voltaram àquela mesma marca do pior momento da pandemia: mais de 35 mil novos casos só nesta terça (23). No início, a área mais atingida foi o estado de Nova York, que só começou a relaxar o distanciamento social há pouco mais de um mês, quando já tinha uma curva descendente de novos casos. Nesta terça, foram 581.
O Texas não tinha sido muito atingido, mas começou a reabertura há quase dois meses, sem que a contaminação estivesse controlada. Atualmente, até os restaurantes estão funcionando, ainda que com capacidade reduzida. Nesta terça, o estado registrou o maior número de casos desde o começo da pandemia.
O Arizona e a Califórnia também registraram recordes, assim como a Flórida. Em todos esses estados, o número de casos sobe ao mesmo tempo em que as medidas de isolamento são relaxadas.
No começo da pandemia, se alguém quisesse sair de Nova York e ir para outro estado, em muitos deles ia ser obrigado a entrar em quarentena. Agora vai ser o contrário. Quem for para Nova York, partindo de nove estados onde o número de casos aumenta, vai ter que se isolar em casa ou num hotel por 14 dias. A medido entra em vigor à meia-noite desta quarta (24).
Jornal Nacional
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